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30/04/2012

Mercado de Geração a gás continua

| 26/04/2012 |

Petrobras pretende manter presença no mercado de geração a gás, garante Graça Foster

Em audiência na Câmara, a presidente da estatal defendeu leilões específicos para garantir a competitividade da fonte.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou em apresentação na Comisão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que a estatal pretende continuar no mercado de geração de energia elétrica a gás natural como gerador e como fornecedor do insumo. "O que a gente precisa, sim, é ter competitividade", acrescentou a executiva, que defendeu em seguida a realização de leilões por fonte, como forma de tornar viável a participação das termelétricas a gás.

Ao falar sobre os investimentos e as perspectivas da estatal em audiência pública realizada nesta quarta-feira, 25 de abril, Graça Foster disse que o Brasil terá disponível 20 milhões metros cubicos de gás para produção de energia elétrica até 2020, considerando a produção nacional, o gás da Bolivia, e o GNL importado de países como Catar e Trinidad y Tobago. Ela informou que o crescimento da geração de energia a partir do gás natural foi de 729% entre 2000 e 2011, e a capacidade instalada das térmicas a gás cresceu no período de 1.192 MW para praticamente 10 mil MW.

"Temos uma projeção de praticamente dobrar os megawatts que nós temos como gerador ou como supridor de gás" garantiu a presidente da Petrobras. Ela acrescentou que isso, porém, não depende apenas da empresa. "Depende de que a EPE [Empresa de Pesquisa Energética] continue realizando leilões de térmicas a gás", disse.

Graça Foster frisou que é seguro investir em energia elétrica e em petróleo no Brasil. O país, segundo ela, tem uma regulação bastante razoável, que atende a demanda interna, e a garantia "de que não estaremos rasgando contratos como em outros países". Graça lembrou ainda que o gás é extraido a 300 quilômetros da costa e a grande profundidade, e não consegue competir com fontes mais baratas como a eólica nos leilões regulados. "Quando a EPE coloca o gás para competir com essas fontes em um leilão é impossivel competir".

Durante o debate, a executiva também argumentou que a energia eólica "não firma a segurança energética do país", embora seja "um componente extremamente importante". Para Graça Foster, firme são as fontes fósseis, como o carvão, o óleo e o gás natural.

Ela informou que a geração de energia eletrica a partir do gás está muito próxima de 6 mil MW médios, o que mostra como a fonte tem cada vez mais condições de atender o período seco. Além dos investimentos em gás, a Petrobras tem um parque gerador a óleo com 1.662 MW de capacidade instalada e 140 MW instalados de energia eólica no Rio Grande do Norte.

FONTE: Agência CanalEnergia